Impacto das telas no desenvolvimento cerebral de bebês
26 de julho de 2023
As redes sociais e o uso das telas já é uma realidade para todos que vivem em um mundo cada vez mais globalizado. Deste modo, as crianças também não passam ilesas quando o assunto é o uso excessivo de smartphones, tablets ou notebooks. Esse hábito prejudica a saúde e o desenvolvimento cerebral de bebês, que não têm contato com o mundo ao ar livre e não socializam com outras crianças.
Preocupados em manter essa relação com as telas de forma saudável, a Sociedade Brasileira de Pediatria criou a cartilha “Menos Telas, Mais saúde”, com diversas orientações divididas por faixas etárias. O objetivo é ajudar os pais a estabelecerem limites, além de enfatizar a necessidade de uma supervisão de um adulto nos momentos de entretenimento.
Uso crescente de telas por bebês e crianças
O uso crescente de telas por bebês e crianças é uma realidade que não pode ser ignorada. Com a proliferação de smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos, é cada vez mais comum vermos os pequenos sendo expostos a essas telas desde muito cedo.
Embora a tecnologia possa trazer benefícios educacionais e de entretenimento, é importante ressaltar a necessidade de um equilíbrio saudável. O excesso de tempo diante das telas pode impactar negativamente o desenvolvimento infantil, afetando aspectos como a sociabilidade, a criatividade e até mesmo a qualidade do sono.
Efeitos negativos do uso excessivo de telas
As telas tendem a trazer bastante malefícios, principalmente na fase de desenvolvimento e descobrimento dos pequenos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é importante evitar o contato com as telas até os dois anos de idade.
Os primeiros mil dias de vida são importantes para o desenvolvimento cerebral, com várias regiões cerebrais que estão amadurecendo, desta forma a atenção dos pais não pode ser substituída por telas. Uma vez que o contato físico tranquiliza e acalma os pequenos, eles precisam disso para se sentirem amados e acolhidos. Outra recomendação é que os pais não usem o celular enquanto estiverem com os pequenos no colo.
Atraso no desenvolvimento da linguagem e comunicação
Na primeira infância, dos 0 aos 6 anos, é um período que exige maior atenção ao desenvolvimento e maturação. O corpo começa a formar as estruturas cerebrais, com desenvolvimento e crescimento. É na interação com os pais, família e outras crianças que potencialmente as habilidades físicas, emocionais e sociais são desenvolvidas.
O uso dos dispositivos eletrônicos pode afetar diretamente os pequenos em relação à interação com os membros da família. Além disso, eles podem aprender de forma equivocada a linguagem e a comunicação, causando atrasos no desenvolvimento da fala, dificuldade em se comunicar e o mau uso da comunicação. O resultado disso pode ser um desgaste emocional e até um estresse por não conseguir se comunicar de forma efetiva.
Prejuízos na atenção e habilidades de resolução de problemas
A exposição recorrente às telas é nociva também na habilidade e na resolução dos problemas por parte dos pequenos. Eles ficam suscetíveis ao atraso cognitivo, distúrbio de aprendizado, aumento de impulsividade, diminuição da habilidade de regular as próprias emoções e déficit de atenção.
Essa distração passiva geralmente ocorre quando os pequenos consomem muitos vídeos e jogos, o que é muito diferente na forma de brincar ativamente. A brincadeira acontece com o aprendizado e desenvolvimento que a criança aprende exercendo a imaginação. O ato de brincar não é apenas um entretenimento, é uma forma de desenvolver o mental e o cérebro.
Efeitos no sono e ritmo circadiano
Além de prejudicar efetivamente o desenvolvimento infantil, o uso excessivo das telas também prejudica o sono e faz com que troquem o tempo de sono para assistir ou jogar. Outro ponto é que as luzes dos dispositivos emitem luz azul, que inibe a produção de melatonina, conhecida também como o “hormônio da escuridão”, que é responsável por avisar ao corpo que está no momento de dormir.
Aumento do risco de obesidade e problemas de saúde relacionados
São inúmeros os problemas que a exposição exagerada às telas pode trazer para os bebês e crianças. Por isso, esse tema deve ser levado em consideração e com a devida importância.
A exposição às telas está ligada a obesidade infantil também, pois quanto maior o uso dos aparelhos eletrônicos menor são as atividades físicas, brincadeiras que requer movimentação do corpo, passeios ao ar livre e interação com outras crianças. O que consequentemente queima menos calorias, podendo evoluir para o quadro de obesidade infantil.
Outro risco de saúde relacionado ao uso demasiado das telas é a possível dependência dos aparelhos eletrônicos, problemas na visão, transtornos alimentares, dificuldade de audição e problemas posturais.
Recomendações para o uso de telas na primeira infância
A conscientização sobre os potenciais efeitos negativos do uso excessivo de telas em bebês e crianças é essencial para garantir um crescimento saudável e equilibrado. É importante buscar um equilíbrio entre o mundo digital e as experiências do mundo real, proporcionando às crianças um desenvolvimento pleno em todas as áreas de suas vidas. Veja a seguir como controlar o impacto das telas na rotina:
Estabelecimento de limites de tempo e supervisão adequada
Para crianças maiores de dois até cinco anos, a recomendação dos especialistas é que esse período seja de uma hora. Já crianças de seis até dez anos, o tempo pode aumentar para duas horas diárias, e maiores de dez anos esse período pode ser de três horas. Mas lembre-se: é importante manter a supervisão para segurança do conteúdo que está sendo consumido.
Essa supervisão é necessária para que os pais entendam se o que os filhos estão consumindo é realmente indicado para a idade deles. Também é importante para saber se não há ensinamentos ruins ou palavrões, principalmente os menorzinhos, pois é a idade que aprendem as palavras e tendem a repetir tudo que ouvem.
Promover atividades alternativas que estimulem o desenvolvimento saudável
O desenvolvimento saudável e benéfico para os bebês e crianças pode ser realizado por meio de tarefas que além de proporcionarem um momento de diversão, pode contribuir com ensinamentos, como leitura, jogos educativos, etc.
Abordagens equilibradas e uso educativo de telas
Em um mundo cada vez mais conectado, o uso de telas tornou-se uma parte inevitável da vida moderna. A seguir, exploraremos o conceito de abordagens equilibradas e o uso educativo de telas. Vamos examinar como podemos aproveitar os benefícios das tecnologias digitais, garantindo que seu uso seja saudável, produtivo e enriquecedor para crianças e adultos.
Uso de aplicativos e conteúdos educativos de qualidade
O uso de aplicativos e conteúdos educativos de qualidade pode abrir um mundo de oportunidades para o aprendizado das crianças. Essas ferramentas digitais bem desenvolvidas e adequadas às faixas etárias certas oferecem uma experiência interativa e envolvente, tornando o processo de aprendizagem mais divertido e eficaz.
Ao escolher aplicativos e conteúdos educativos, é essencial considerar sua qualidade e relevância. Eles devem ser confiáveis, baseados em princípios pedagógicos sólidos e alinhados aos objetivos educacionais. Além disso, devem oferecer uma variedade de atividades que estimulem o pensamento crítico, a resolução de problemas e o desenvolvimento de habilidades importantes.
Coengajamento entre pais e filhos durante o uso de telas
O coengajamento entre pais e filhos durante o uso de telas é uma maneira poderosa de fortalecer os laços familiares e promover uma experiência digital saudável e enriquecedora. Quando os pais participam ativamente das atividades digitais com seus filhos, eles criam um ambiente de aprendizado compartilhado e conexão emocional.
Durante o coengajamento, os pais podem orientar, questionar e discutir o conteúdo com seus filhos, estimulando a reflexão crítica e o pensamento criativo. Essa interação promove o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, além de incentivar a exploração responsável do mundo digital.
Importância da interação social e brincadeiras tradicionais
A interação social proporciona às crianças a oportunidade de aprender a se comunicar, cooperar, resolver conflitos e desenvolver habilidades sociais essenciais. Brincar com outras crianças estimula a imaginação, a criatividade e a empatia, enquanto promove a construção de amizades duradouras.
As brincadeiras tradicionais, como esconde-esconde, pega-pega e jogos de tabuleiro, oferecem benefícios únicos. Elas envolvem o uso da imaginação, o desenvolvimento de habilidades motoras e a compreensão de regras, além de estimularem o pensamento estratégico e o raciocínio lógico.
Além disso, a interação social e as brincadeiras tradicionais ajudam as crianças a desenvolverem autonomia, autoconfiança e resiliência emocional. Elas aprendem a lidar com diferentes situações, a superar desafios e a tomar decisões por si mesmas.
Importância conscientização e equilíbrio no uso de telas
Conversar com as crianças é uma ótima forma de fazer com que eles entendam como é prejudicial e se abrirem mais a realizarem outras atividades que não envolvam telas. A conversa sempre é a melhor maneira de fazê-los entenderem os riscos e tornar a rotina melhor.
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