Como aumentar a produção de leite materno?
9 de janeiro de 2024
A amamentação é incentivada pelos médicos, pelos órgãos de saúde e pelos governos. A ciência comprova que o leite materno é o padrão ouro quando se trata da alimentação de um recém-nascido. Ele é rico em anticorpos, nutrientes, agentes anti-inflamatórios, gorduras e proteínas essenciais para o desenvolvimento do bebê. No entanto, na prática, muitos desafios surgem durante a amamentação: problemas de pega, falta de apoio do companheiro e da família, rachaduras e inflamações no seio. Sem falar na insegurança, que é comum nas mamães de primeira viagem: será que vou conseguir produzir leite suficiente para sustentar meu filho? Se você está vivendo essa angústia e está buscando formas de aumentar e estimular a produção de leite materno, confira as dicas que separamos para te ajudar.
Desafios comuns relacionados à produção de leite materno
O medo de ter um leite fraco, que não vai conseguir alimentar o bebê, não se sustenta pelas evidências médicas. Se o seu bebê não está ganhando peso suficiente, isso, na maioria dos casos, está relacionado à dificuldade ou à maneira incorreta de mamar e não à qualidade do leite. O mesmo acontece quando se trata da produção de leite. Se o volume está baixo, isso se deve, a falta do estímulo correto pelo bebê (que não está conseguindo sugar bem) e não a uma falha do seu organismo. Quanto mais o bebê mama, mais leite você produz. Em casos raros, as condições de saúde da mãe podem causar baixa produção de leite. Entre elas estão a síndrome do ovário policístico, distúrbios de tireoide, hemorragia pós-parto, diabetes e hipoplasia mamária, uma condição rara em que não há tecido glandular mamário suficiente.
Fatores que afetam a produção de leite materno
A produção do leite começa ainda durante a gestação. Algumas mulheres já começam a perceber a saída do colostro (o primeiro leite) a partir do quinto mês. No entanto, a produção só começa a aumentar de fato entre o terceiro e o quinto dia após o parto – a chamada “descida do leite”. Esses primeiros dias são fundamentais para estabelecer o ritmo da produção. Inclusive, os especialistas recomendam que imediatamente após o nascimento o bebê seja colocado em contato com a pele da mãe, próximo ao seio, para estimular o reflexo em direção a mama.
Entenda quais são os principais fatores envolvidos na produção do leite materno:
Hormônios envolvidos na lactação
A produção de leite materno é profundamente influenciada pelos hormônios que regulam o ciclo de lactação. A prolactina, produzida pela glândula pituitária, desempenha um papel central, estimulando a produção de leite nas glândulas mamárias. O aumento nos níveis de prolactina ocorre em resposta à sucção do bebê durante a amamentação. Depois dos primeiros meses, os picos de prolactina começam a diminuir, mas isso não necessariamente significa diminuição da produção do leite, apenas estabilização do ritmo.
Além disso, o hormônio ocitocina é crucial para a liberação do leite, pois controla as glândulas de ejeção e é responsável pela sensação de prazer e conexão ao amamentar, controlando os níveis de cortisol (hormônio do estresse). Por isso mesmo, estresse e amamentação não combinam. Se a mãe está ansiosa, nervosa, se sentindo isolada e sem apoio, isso pode influenciar diretamente no aleitamento. Se não há condições de liberação da ocitocina, não há liberação do leite (mesmo que ele esteja sendo produzido normalmente).
Estímulo adequado da sucção do bebê
O principal estímulo à produção de leite materno é o movimento de sucção do bebê na mama. Por isso, os problemas de pega influenciam tanto a capacidade de produzir o leite. Se o bebê não está conseguindo sugar adequadamente, as glândulas mamárias não são estimuladas. Enquanto o seu bebê está aprendendo a fazer a pega, um bom exercício para estimular o leite materno é a massagem nos seios e a extração manual ou com bomba. Assim você garante que o leite continuará a ser produzido enquanto seu filho se adapta ao movimento correto de sucção. Procure evitar o uso de bicos artificiais para oferecer o leite extraído, isso pode causar confusão de bicos e desmame precoce.
Ingestão suficiente de líquidos
Se você está tendo dificuldades com a produção de leite, provavelmente leu ou ouviu de alguém que alimentos como a canjica, quinoa e cerveja preta ajudam a produzir leite materno. Segundo o Ministério da Saúde, não há nenhuma evidência científica de que eles funcionam. O álcool da cerveja preta, inclusive, pode ser prejudicial ao bebê. A única substância que, comprovadamente, ajuda na produção de leite materno é a água. A mãe precisa estar suficientemente hidratada para produzir o leite. Deixe sempre uma garrafinha d’água ao seu lado durante a amamentação.
Dieta balanceada
Apesar de não existirem alimentos, até o momento, que comprovadamente estimulem diretamente a produção de leite materno, uma dieta balanceada é fundamental para que a mãe esteja em condições de amamentar. Não é o momento de fazer dietas restritivas para emagrecer. Quem amamenta de forma exclusiva produz cerca de 750ml de leite por dia, o que consome em média 640 calorias diárias. Alimentos ricos em proteínas, cálcio e ferro são especialmente importantes. Evite comidas industrializadas e bebidas ricas em cafeína – essa substância pode ser transmitida ao leite e causar problemas de sono no bebê.
Estímulo adicional da produção de leite
Se você está enfrentando dificuldades na produção de leite, talvez queira testar estímulos adicionais para acelerar o processo. As compressas de água quente antes das mamadas costumam ser indicadas como estratégia rápida de estímulo à produção de leite. De fato, o calor tem uma ação vasodilatadora e pode aumentar a circulação na região. Entretanto, alguns especialistas da área alertam que essa técnica pode ter um efeito rebote e causar queimaduras. No lugar da bolsa térmica, você pode experimentar massagens ou outra prática mais eficiente. Veja a seguir:
Práticas de amamentação em livre demanda
A amamentação em livre demanda é considerada a prática mais eficiente para aumentar a produção de leite materno. Amamentar o bebê de acordo com o desejo e a fome natural que ele apresenta é a melhor maneira de estabelecer um ritmo orgânico para a amamentação. Tentar estabelecer horários fixos para amamentar não é a melhor alternativa. Sabemos que nem sempre é fácil amamentar em livre demanda, principalmente quando a mulher volta ao trabalho remunerado fora de casa. Nesse caso, é possível fazer a extração e o congelamento do leite para os horários que você estiver fora.
Persistência e paciência durante o processo de amamentação
Nem sempre a amamentação flui naturalmente logo no início. Mastite (uma inflamação nas mamas), problemas de pega, ingurgitamento mamário (leite empedrado), rachaduras nos seios, entre outras questões são situações bastante frequentes. Amamentar exige prática, persistência, apoio familiar e profissional. Em alguns casos, os consultores de amamentação, profissionais que se especializaram no processo de lactação, podem ajudar nos desafios físicos e emocionais da dupla mamãe-bebê. Não tome medicamentos que supostamente aumentam a produção de leite por conta própria, sempre consulte o médico. O que você ingere é transmitido ao bebê por meio do leite, então, todo cuidado é pouco.
Amamentação: trabalho de cuidado e amor
Apesar de todos os desafios, vale a pena insistir na amamentação. Além de ser a melhor nutrição para um recém-nascido, é uma forma profunda de conexão e vínculo com o seu bebê. Nesses momentos de cuidado, a relação de amor vai sendo construída. Aqui no blog da Turma da Mônica Baby, você encontra muitos outros conteúdos como esse para te ajudar na jornada da maternidade com informação e dicas úteis. E para te apoiar nos cuidados diários com o seu bebê, conte as fraldas da Turminha, que garantem segurança e conforto, com um excelente custo-benefício. A fralda Turma da Mônica Baby com Tecnologia Qu4troSec possui um exclusivo sistema de canal que distribui mais rápido o xixi, barreiras antivazamento e uma fina camada extra que ajuda a manter o bebê sequinho por mais tempo. A cintura elástica proporciona um perfeito ajuste no corpinho, assim ele fica calmo, tranquilo, seguro durante o dia e a noite toda. Turma da Mônica Baby: o amor cresce em turma.