Alimentos que prendem o intestino do bebê
27 de julho de 2022
Ao iniciar a introdução alimentar, algumas dúvidas podem surgir, principalmente quando o intestino do bebê não responde conforme esperado. É nesse momento em que as mamães podem achar que estão fazendo algo errado, mas fique tranquila, pois é normal que algumas alterações no sistema digestivo do seu bebê ocorra, pois ele ainda está em formação e reagindo às novidades, como novos alimentos, e também conhecendo texturas novas.
Para bebês a partir dos 6 meses inicia-se a introdução alimentar assistida, ou seja, o momento de inserir alimentos leves e em diversos formatos para que a criança continue recebendo todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Um ponto de atenção nessa etapa é o intestino preso (ou constipação intestinal), que altera o funcionamento digestivo e é muito comum em bebês.
Por não estarem acostumados com esses alimentos, os bebês tendem a responder fisiologicamente às novidades alimentares, já que eles estão aprendendo a digerir esses alimentos e o funcionamento intestinal passa por uma fase de adaptação. Assim, se o seu bebê está com o intestino preso, vamos aqui te contar como manter o controle da constipação, assim como te mostrar também uma lista com vários alimentos constipantes, laxantes e flatulentos. Confira neste artigo.
O que é constipação?
É considerada constipação intestinal a partir do primeiro mês em que os bebês apresentam dificuldade ou atraso em evacuar. As fezes ficam com um aspecto mais sólido o que dificulta a eliminação delas pelo organismo do bebê, e não se assuste! É muito comum entre crianças.
São mapeadas três fases onde as crianças costumam apresentar dificuldade de evacuação que são: Na introdução alimentar, quando são introduzidos cereais e alimentos sólidos; no momento do desfralde e no início da vida escolar. A quantidade de vezes e a consistência das evacuações variam durante toda a infância. Dessa forma, não é muito fácil dizer qual frequência é a correta, mas nos recém-nascidos, por exemplo, evacuar 4 vezes ou mais ao dia é considerado comum. Já os bebês mais crescidinhos, evacuam de duas a quatro vezes por dia no primeiro ano.
Outro ponto é que os bebês que são amamentados evacuam mais do que bebês que se alimentam com fórmulas lácteas e geralmente já sujam as fraldas logo após mamar no peito. Bebês que se alimentam por meio do aleitamento materno possuem fezes mais moles, amarelas e granulosas e após um mês ou dois de vida, eles diminuem a frequência com que evacuam, mas as fezes continuam com esse aspecto.
Ao completar um ano de vida, espera-se que a criança evacue uma ou duas vezes ao dia e produza fezes mais macias, mas não diarreicas. É importante entender também que algumas crianças menores e bebês evacuam uma vez ao dia a cada três ou quatro dias e isso é normal. Por isso, abaixo elencamos as principais diretrizes para saber se seu bebê está dentro deste quadro:
- Sem evacuação por dois ou três dias além do acostumado;
- Fezes duras ou dor durante a evacuação;
- Fezes grandes que podem entupir o vaso sanitário;
- Gotas de sangue no exterior das fezes.
Em geral, quando o bebê chora, mas consegue fazer uma evacuação, não significa que está com o intestino preso. Isso pode acontecer pois, como os bebês não relaxam a área pélvica, esse esforço pode causar um desconforto que geralmente é resolvido naturalmente.
Embora a constipação possa preocupar os pais, ela não possui consequências mais sérias. Algumas crianças com o intestino preso podem reclamar de dor na barriga após as refeições, o ideal é observar com muito cuidado.
Como evitar a constipação?
No geral, a constipação intestinal vai acontecer em algum momento com o bebê, pois faz parte do processo de desenvolvimento do intestino da criança que está se formando nesse período.
Bebês que são amamentados exclusivamente até os 6 meses de idade, dificilmente apresentarão casos graves de constipação, e caso aconteça, o ideal é a mãe entender o que modificou em sua alimentação e passar a consumir alimentos mais leves e menos industrializados, que podem impactar na alimentação do seu bebê.
O ponto de atenção inicia-se na introdução alimentar, quando o bebê começa a experimentar outros alimentos e texturas que seu corpo não conhece, desta forma, o seu intestino pode reagir de forma não convencional. O que é necessário saber, é que esse processo não precisa ser doloroso e algumas dicas podem ajudar seu bebê a passar por essa fase com o menor desconforto possível. Acompanhe:
Cuide da alimentação
Analise os hábitos alimentares da criança e prefira alimentos naturais e com o mínimo de processamento possível, optando por frutas, verduras e cereais ricos em fibras. Também evite aqueles lanchinhos fora de hora, pois para uma evacuação bem sucedida, é necessário que acumule os alimentos para o processo de digestão com refeições completas, principalmente o café da manhã que é quando o corpo está iniciando seu funcionamento diário.
Aumente o consumo de água
A água é importante para qualquer pessoa, em qualquer fase da vida, para manter o funcionamento do corpo de forma geral. Manter o bebê hidratado é fundamental para que o intestino funcione adequadamente, mesmo com a ingestão de alimentos ricos em fibra. Para que o processo ocorra da melhor maneira possível, a água é a melhor aliada. Então, sempre cheque a hidratação do seu bebê.
Evite alimentos que prendem o intestino
É recomendado diminuir substâncias que nada ajudam nesse processo. Alimentos que contenham glúten e amidos como pães e biscoitos, e também alguns tubérculos e raízes são alimentos que podem dificultar a evacuação da criança. O ideal é usar com moderação nas refeições e complementar as receitas com alimentos que facilitem o processo.
Quais alimentos prendem o intestino do bebê?
Já sabemos que alimentos, mesmo naturais, podem prender o intestino do seu bebê. Agora vamos te mostrar no detalhe quais são os alimentos mais usados que prendem o intestino do bebê, para se retirar do seu cardápio ou usá-los com cautela:
Frutas
- Banana maçã;
- Banana prata;
- Goiaba;
- Jabuticaba (sem casca);
- Melão;
- Pêra (sem casca);
- Caju;
- Maçã (sem casca);
- Suco de limão (de preferência sem açúcar).
Legumes e verduras
- Batata inglesa;
- Cará;
- Chuchu;
- Cenoura (cozida);
- Beterraba (cozida);
- Batata baroa;
- Fécula de batata.
Cereais e farinhas
- Arroz;
- Polvilho;
- Amido de milho;
- Farinha de mandioca;
- Trigo refinado.
Outros alimentos
- Pães;
- Biscoitos de sal;
- Biscoitinhos de Polvilho.
Outros alimentos podem ter esse mesmo efeito, dependendo da criança. Você pode fazer testes oferecendo pequenas porções de alimentos e veja como são as evacuações dos pequenos para entender o funcionamento do intestino.
Quando devo procurar o médico?
Alguns sinais alertam sobre a gravidade do quadro em bebês e crianças pequenas, e uma avaliação médica pode ser uma boa ideia. São esses sinais:
- Nenhuma evacuação nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento;
- Perda de peso ou crescimento ruim;
- Redução do apetite;
- Sangue nas fezes;
- Febre;
- Vômitos;
- Inchaço abdominal;
- Dores abdominais;
- Nos bebês, perda do tônus muscular (o bebê parece flácido ou fraco) e redução da capacidade de sugar;
- Em crianças mais velhas, uma liberação involuntária de urina (incontinência urinária), dor nas costas, fraqueza nas pernas ou problemas para andar.
Nos casos com algum dos sintomas mencionados, a consulta médica é recomendada e em quadros mais simples, o pediatra pode indicar remédios caseiros ou alguns exames simples para um diagnóstico mais completo.
A avaliação também é feita a fim de determinar se a constipação é funcional (problemas da dieta ou comportamentais) ou orgânica (distúrbio, toxina ou medicamento).
Quais alimentos ajudam a soltar o intestino?
Se o bebê está a poucos dias sem conseguir evacuar naturalmente, o que se pode fazer é aumentar a oferta de alimentos que ajudem a soltar o intestino antes de iniciar alguma intervenção medicamentosa ou consultar um médico. Os alimentos indicados são:
Frutas
- Mamão;
- Laranja;
- Água de coco;
- Kiwi;
- Manga;
- Pêra com casca;
- Maçã com casca;
- Abacaxi;
- Uva;
- Abacate;
- Manga;
- Ameixa seca (de preferência cozida ou de molho por algumas horas em água filtrada, pode consumir a fruta picadinha e a água, aos poucos).
Legumes e verduras
- Couve;
- Rúcula;
- Espinafre;
- Taioba;
- Cenoura e beterraba cruas;
- Abóbora;
- Broto de feijão;
- Broto de alfafa.
Laticínios
- Iogurtes;
- Leites fermentados.
Cereais integrais e sementes
- Arroz;
- Aveia (o farelo é melhor);
- Milho;
- Trigo;
- Sementes de chia;
- Quinoa real em flocos.
Óleos
- Azeite de oliva;
- Óleo de coco.
Lembre-se de que esses alimentos precisam ser ofertados com cautela, evitando que o intestino do bebê acabe se comportando de maneira inesperada e sempre sob supervisão de um médico ou nutricionista.
Tratamento para constipação
Como geralmente a constipação é causada por problemas comportamentais ou de dieta (constipação funcional) a adição de fibras à dieta ou modificação comportamental podem ajudar nesse processo. A avaliação médica é necessária quando o intervalo entre as EVs seja de dois ou três dias maior do que o normal, caso as fezes estejam duras ou grandes, causem dor ou hemorragia ou outros sintomas associados. Quando a constipação é orgânica, a doença, medicação ou toxina causadoras são tratadas, corrigidas ou retiradas.
Na constipação funcional, as indicações são:
Modificação do comportamento
Aqui um treinamento de comportamento é necessário, pois as crianças adiam a evacuação para brincar ou fazer algumas atividades por mais tempo. Incentivar a criança a se sentar no vaso sanitário por cinco a dez minutos após as refeições pode desencadear o reflexo de evacuar e estabelecer uma rotina de ir ao banheiro, educando o aparelho digestivo. Não se esqueça de reforçar quando bem sucedidos com brincadeiras e interações.
Laxantes e emolientes fecais
No caso das opções anteriores não trazerem nenhum resultado, o médico pode indicar uma intervenção com medicamentos laxantes para aumentar o movimento do aparelho digestivo ou amolecer as fezes. Ainda que esses medicamentos possam ser comprados sem receita médica, é essencial que seja observada a dose de acordo com o peso e o quadro do bebê.
Outras estratégias mais naturais podem ser consideradas como suplemento de fibra para regularizar o trânsito intestinal (farelo de trigo, chia, linhaça e etc). Mas é sempre importante consultar o pediatra antes da administração desses ingredientes.
Você também precisará de boas fraldas para conter a melhora do seu bebê, então não se esqueça de que a Turma da Mônica Baby é a sua aliada nessa e em todas as fases, pois possuem barreira antivazamento e cintura elástica, que oferece melhor ajuste e conforto para o seu bebê.